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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Estado, União e PCR criam parqueque junta lazer e cultura no Jiquiá




Pernambuco vai ganhar mais um espaço para ciência, lazer e conservação ambiental. O Parque Científico e Cultural do Jiquiá, no Recife, a cinco km do Marco Zero, será implantado numa parceria dos governo Federal, Estadual e Municipal. O convênio de cooperação técnica foi assinado na manhã desta segunda-feira (16/11), no Teatro de Santa Isabel.
Participaram do evento o governador Eduardo Campos, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e o prefeito do Recife, João da Costa. Os investimentos iniciais para contratação de projetos básico e executivo de arquitetura e engenharia somam R$ 2,24 milhões e a previsão é de que fiquem pronto em seis meses.
O custo total do projeto chega a R$ 50 milhões. Cerca de 115 mil pessoas dos bairros do entorno – Estância, Afogados, Mangueira, San Martin e Mustardinha - deverão ser beneficiadas pela iniciativa. “É um espaço belíssimo, ligado a lugares que precisam dessa atenção. Isso dialoga com qualidade de vida, com valorização do conhecimento, com valores que estamos lutando para incorporar às novas gerações, dialoga com paz, com redução de violência”, disse o governador.
Para o prefeito João da Costa, esse é um primeiro passo para a concretização de um sonho de muito tempo. “Começamos esse processo três anos atrás, quando adquirimos o espaço da Caixa Econômica Federal. O parque está cercado por bairros de grande densidade populacional e que não dispõem de um espaço como esse, de preservação ambiental e histórica”.
O Parque Científico e Cultural do Jiquiá ocupará uma área de 36 hectares, e contará com um Planetário, um Museu de Artes, Ciências e Tecnologia, um Centro de Criatividade, e um Memorial dos Cientistas Notáveis. O projeto ainda contempla a instalação do Centro Vocacional Tecnológico (CVT), Laboratório Ambiental e, em parceria com a secretaria Estadual de Esportes, um Parque da Juventude.
Já o ministro Sérgio Rezende destacou o papel motivador que um espaço como esse pode ter na vida dos estudantes. “Precisamos fazer com que os jovens se interessem mais pela ciência, e esse parque serve para atrair mais deles”, afirmou Rezende. No Brasil, há atualmente 200 mil pessoas em atividades de pesquisa, quando, segundo o ministro, esse número deveria ser de 700 mil.
Eduardo Campos encerrou lançando um desafio para garantir os recursos necessários para executar o projeto. “Vamos fazer aqui um pacto: o governo Federal e ele se virem para arrumar 1/3 do projeto, que fica pronto dentro de seis meses, eu me viro pra arrumar 1/3 e João da Costa vai arrumar 1/3 e a gente reza junto a inauguração do Parque do Jiquiá. Que é um espaço belíssimo para esta cidade”, finalizou.
JIQUIÁ – O bairro do Jiquiá teve origem em um engenho de açúcar, erguido em 1598, que pertenceu à Freguesia da Várzea, situado em terras próximas aos atuais bairros de Afogados, Areias e Estância. Em 1930, passou a ser ocupado pelo primeiro centro de operações para abastecimento e pouso dos dirigíveis Graf Zeppelin no Brasil, denominado “Aeroporto do Jiquiá”. Atualmente, o Campo do Jiquiá, como ficou popularmente conhecido o local, é uma área tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual (Decreto Estadual n.º 8.710/83) e conserva, de forma original, a torre que servia de atracação aos dirigíveis.
Rafael Guerra
Gerência de Documentação e Divulgação - SEI