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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Compesa apresenta pesquisa que usa "lodo" na fabricação de tijolos






A utilização do lodo coletado nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) como matéria-prima para fabricação de tijolos foi um dos 18 projetos da Compesa selecionados para apresentação no 25º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que acontece até sexta-feira (25/09), no Centro de Convenções de Pernambuco.
A pesquisa, apresentada na manhã de hoje (21), está sendo desenvolvida pela recém criada Gerência de Inovação Tecnológica da Compesa. O estudo poderá solucionar um importante problema das companhias de saneamento de todo o país, que é a destinação final do resíduo sólido, basicamente composto de materiais inorgânicos.
A pesquisa é realizada através de contrato firmado pela Compesa com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP). O material utilizado é coletado na ETA da barragem de Botafogo, que abastece a área norte da Região Metropolitana do Recife. A uma mistura de 15% de lodo e 85% de argila e massa cerâmica, o tijolo experimental é produzido em miniatura e vem sendo testado no Laboratório de Tecnologia de Materiais do ITEP.
Já foram realizados os ensaios cerâmicos e de toxidade e ficou constatado que o tijolo fabricado com a mistura de lodo com massa cerâmica não tem potencial de contaminação ao meio ambiente. Em relação ao risco de toxidade, o tijolo foi classificado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como Classe 2 – não inerte.
O produto teve também a aprovação da CPRH, sendo considerado tecnicamente viável e ambientalmente seguro. Os tijolos agora serão produzidos em escala real, em olarias, para que sejam feitos novos testes quanto à durabilidade e resistência e a partir daí serem utilizados pela construção civil. A pesquisa entra agora em sua segunda etapa, na qual ainda serão providenciadas a análise de viabilidade econômica, a divulgação do resultado final para a sociedade e a definição, por parte da Compesa, de como chegará ao mercado essa nova matéria-prima.
Entusiasmada com os primeiros resultados da pesquisa, a gerente de Inovação Tecnológica da Compesa, Cláudia Ribeiro, defende a solução como uma das mais viáveis para a destinação final do lodo coletado nas ETAs. “Para o meio ambiente vai ser muito positivo, pois haverá uma significativa redução na extração de argila e para o mercado de produção cerâmica também haverá uma diminuição nos custos”, avalia.